A Bolha Das Tulipas

No ano de 1593, após retornar de uma viagem a Istambul, Carolus Clusius trouxe consigo alguns ramos de tulipas. Depois do sucesso absoluto com os holandeses, alguns produtores locais passaram a ver oportunidade de lucro com a novidade recém-apresentada.As tulipas passaram a ser símbolo de riqueza e status entre os nobres do país. Quanto mais rara, mais valiosa! E assim, a procura passou a ser muito maior do que a oferta e os preços chegavam a subir mais de 20 vezes em menos de 1 único mês.Na época, era comum que os ramos de tulipas fossem negociados por bens materiais, terrenos ou imóveis bem localizados em Amsterdam. No entanto, um dos principais problemas no mercado de tulipas era sua sazonalidade e tempo de florescimento – variando de 7 a 12 anos após serem plantadas, apenas entre os meses de maio e abril.Para manter as negociações ativas, os especuladores holandeses criaram então o contrato futuro de tulipas. Ao assinar um contrato futuro, o comprador garantia seu ramo de tulipa por um preço previamente estabelecido, antes mesmo que a planta pudesse florescer. Surgia, naquele momento, o primeiro mercado de derivativos do mundo. Pessoas com poucas posses também passaram a ter interesse em tal mercado, visando a possibilidade de revenda e exportação do produto para outros países, como França e Inglaterra. Muitos trabalhadores se arriscaram e venderam tudo que possuíam para investir nesse novo comércio de longo prazo. Holandeses, franceses e ingleses apostaram alto no que parecia ser um mercado altamente lucrativo, até a primeira grande crise financeira do país.Pouco tempo após o inverno de 1637, um dos produtores decidiu não honrar o contrato futuro com um de seus clientes, visto que o valor das tulipas havia se modificado desde a assinatura do documento.Vários outros negociantes tiveram a mesma atitude e, a partir daí, o pânico se instalou por Amsterdam. Muitos compradores quiseram vender seus lucros a fim de não sofrerem nenhum – ou mínimo possível – prejuízo e a supervalorização dos ramos de tulipas foi despencando rapidamente.O governo holandês chegou a oferecer a cobertura de 10% sobre cada contrato assinado, a fim de interromper o “crash”, mas de nada adiantou. Pessoas que haviam aberto mão de todos os seus bens, agora possuíam um único ramo de tulipa que, de uma hora para outra, já não valia mais nada.A Bolha das Tulipas, primeira grande bolha mundial, resultou em uma forte depressão econômica no país, que demorou anos para ser superada: os holandeses passaram a olhar com grande desconfiança para qualquer investimento especulativo.
No ano de 1593, após retornar de uma viagem a Istambul, Carolus Clusius trouxe consigo alguns ramos de tulipas. Depois do sucesso absoluto com os holandeses, alguns produtores locais passaram a ver oportunidade de lucro com a novidade recém-apresentada.
As tulipas passaram a ser símbolo de riqueza e status entre os nobres do país. Quanto mais rara, mais valiosa! E assim, a procura passou a ser muito maior do que a oferta e os preços chegavam a subir mais de 20 vezes em menos de 1 único mês.
Na época, era comum que os ramos de tulipas fossem negociados por bens materiais, terrenos ou imóveis bem localizados em Amsterdam. No entanto, um dos principais problemas no mercado de tulipas era sua sazonalidade e tempo de florescimento – variando de 7 a 12 anos após serem plantadas, apenas entre os meses de maio e abril.
Para manter as negociações ativas, os especuladores holandeses criaram então o contrato futuro de tulipas. Ao assinar um contrato futuro, o comprador garantia seu ramo de tulipa por um preço previamente estabelecido, antes mesmo que a planta pudesse florescer. Surgia, naquele momento, o primeiro mercado de derivativos do mundo.
Pessoas com poucas posses também passaram a ter interesse em tal mercado, visando a possibilidade de revenda e exportação do produto para outros países, como França e Inglaterra. Muitos trabalhadores se arriscaram e venderam tudo que possuíam para investir nesse novo comércio de longo prazo. Holandeses, franceses e ingleses apostaram alto no que parecia ser um mercado altamente lucrativo, até a primeira grande crise financeira do país.
Pouco tempo após o inverno de 1637, um dos produtores decidiu não honrar o contrato futuro com um de seus clientes, visto que o valor das tulipas havia se modificado desde a assinatura do documento.
Vários outros negociantes tiveram a mesma atitude e, a partir daí, o pânico se instalou por Amsterdam. Muitos compradores quiseram vender seus lucros a fim de não sofrerem nenhum – ou mínimo possível – prejuízo e a supervalorização dos ramos de tulipas foi despencando rapidamente.
O governo holandês chegou a oferecer a cobertura de 10% sobre cada contrato assinado, a fim de interromper o “crash”, mas de nada adiantou. Pessoas que haviam aberto mão de todos os seus bens, agora possuíam um único ramo de tulipa que, de uma hora para outra, já não valia mais nada.
A Bolha das Tulipas, primeira grande bolha mundial, resultou em uma forte depressão econômica no país, que demorou anos para ser superada: os holandeses passaram a olhar com grande desconfiança para qualquer investimento especulativo.