A Chegada Da Pandemia E A Reação Dos Bancos Centrais Pelo Mundo Em 2020

A notícia da descoberta de um novo vírus em Wuhan, na China, no fim do ano passado começou a afetar as bolsas no meio de janeiro, poucos dias depois de o Ibovespa atingir a máxima histórica de então, de 119.593 pontos. Na ocasião, nem o mais pessimista dos investidores projetava uma pandemia global com mais de 75 milhões de infectados e quase 2 milhões de vítimas fatais.No Brasil, onde o primeiro caso da Sars-CoV-2, causadora da Covid-19, foi confirmado logo depois do Carnaval, já são mais de sete milhões de casos confirmados e quase 200 mil mortos. Com o alto índice de transmissão, governos de todo o mundo adotaram medidas de restrição à circulação que nocautearam a economia.A covid-19 também levou a economia global a nocaute. A projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) é de uma contração de 4,4% do PIB mundial em 2020. A emergência do coronavírus e, talvez, a sensação de que os bancos centrais agiram devagar demais durante a crise financeira de 2008 levaram a uma injeção inédita de estímulos monetários na economia global. A estimativa do Bank of America é que o auxílio tenha chegado a US$ 25 trilhões — quase 30% do PIB global.O Federal Reserve (o banco central americano, Fed), não satisfeito com um, realizou dois cortes de juros extraordinários, trazendo a taxa para o patamar próximo de zero. O Fed também promoveu programas de afrouxamento monetário e compras de ativos como títulos do Tesouro americano e títulos de dívidas garantidos por hipotecas.Em 27 de março, foi a vez do governo americano entrar em cena: o presidente Donald Trump assinou, então, um pacote de US$ 2 trilhões para aliviar a economia das consequências da covid-19. Neste fim de ano o Congresso norte-americano prepara a liberação de mais US$ 900 bilhões.Em magnitudes diferentes, estímulos monetários e fiscais foram adotados por governos de todo o mundo. Aqui no Brasil, a taxa básica de juros (Selic) caiu às mínimas (2%a.a.) e o governo pagou à população um auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 300 a partir de setembro). Foram quase R$ 600 bilhões em ações de combate ao coronavírus.O ano de 2020 de fato foi marcado pelas intervenções nunca antes vista e que deverá impactar a economia por um longo período até uma possível recuperação fiscal dos países diante do endividamento realizado.
A notícia da descoberta de um novo vírus em Wuhan, na China, no fim do ano passado começou a afetar as bolsas no meio de janeiro, poucos dias depois de o Ibovespa atingir a máxima histórica de então, de 119.593 pontos. Na ocasião, nem o mais pessimista dos investidores projetava uma pandemia global com mais de 75 milhões de infectados e quase 2 milhões de vítimas fatais.
No Brasil, onde o primeiro caso da Sars-CoV-2, causadora da Covid-19, foi confirmado logo depois do Carnaval, já são mais de sete milhões de casos confirmados e quase 200 mil mortos. Com o alto índice de transmissão, governos de todo o mundo adotaram medidas de restrição à circulação que nocautearam a economia.
A covid-19 também levou a economia global a nocaute. A projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) é de uma contração de 4,4% do PIB mundial em 2020. A emergência do coronavírus e, talvez, a sensação de que os bancos centrais agiram devagar demais durante a crise financeira de 2008 levaram a uma injeção inédita de estímulos monetários na economia global. A estimativa do Bank of America é que o auxílio tenha chegado a US$ 25 trilhões — quase 30% do PIB global.
O Federal Reserve (o banco central americano, Fed), não satisfeito com um, realizou dois cortes de juros extraordinários, trazendo a taxa para o patamar próximo de zero. O Fed também promoveu programas de afrouxamento monetário e compras de ativos como títulos do Tesouro americano e títulos de dívidas garantidos por hipotecas.
Em 27 de março, foi a vez do governo americano entrar em cena: o presidente Donald Trump assinou, então, um pacote de US$ 2 trilhões para aliviar a economia das consequências da covid-19. Neste fim de ano o Congresso norte-americano prepara a liberação de mais US$ 900 bilhões.
Em magnitudes diferentes, estímulos monetários e fiscais foram adotados por governos de todo o mundo. Aqui no Brasil, a taxa básica de juros (Selic) caiu às mínimas (2%a.a.) e o governo pagou à população um auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 300 a partir de setembro). Foram quase R$ 600 bilhões em ações de combate ao coronavírus.
O ano de 2020 de fato foi marcado pelas intervenções nunca antes vista e que deverá impactar a economia por um longo período até uma possível recuperação fiscal dos países diante do endividamento realizado.