Crescimento Das Criptomoedas Gera Reações Contra E A Favor Em Diferentes Países

As criptomoedas ou moedas digitais, vem despertando o interesse de milhões de pessoas no mundo nos últimos anos, principalmente aquelas que são descentralizadas e não podem ser controladas por uma entidade privada, banco central ou governo. A idéia de ter um ativo 100% digital livre de intervenções estatais é inovadora e atrativa, principalmente nos países que estão com suas economias destruídas e consequentemente sua moeda nacional.

Enquanto o número de usuários das moedas digitais cresce, os governos se aprofundam em estudar a tecnologia e muitos veem como uma ameaça à sua soberania, ao controle social entre outras alegações. Inclusive vários países já iniciaram seu projeto de lançar uma criptomoeda estatal, controlada pelo banco central do país. Países como Venezuela e China já implementaram as suas e tem usado o poder político para impor o uso obrigatório delas.

Durante essa semana (dia 24/09 na verdade), o banco central da China anunciou que todas as transações com criptomoedas no país serão consideradas ilegais. A medida bane efetivamente tokens digitais como o bitcoin. O comércio de criptomoedas na China foi oficialmente proibido em 2019, mas o mercado continuou operando no país de forma virtual através de bolsas estrangeiras. Além disso, a atividade de mineração de bitcoin (processo de validação das transações na rede com uso de força computacional) foi proibida também já em Maio deste ano.

Enquanto a China e a Turquia declaram guerra às criptomoedas, alguns países com economias mais livres se destacam pelo sentido oposto, fomentando e auxiliando a inovação financeira e tecnológica. É o caso da Estônia, Cingapura e Dubai, este último também neste mês de Setembro regulamentou as criptomoedas permitindo comércio e criação de negócios em torno delas. Outro grande acontecimento este ano foi em El Salvador, que instituiu o bitcoin como moeda de curso legal no país, sendo o primeiro no mundo a ter a criptomoeda como moeda corrente no país ao lado do dólar americano.

Na verdade, à medida que este mercado cresce, mais países serão contra e também vários outros serão a favor, mas todos irão buscar desenvolver sua moeda digital, para facilitar as transações comerciais, baixar custos de importação e exportação e cortar a burocracia. As moedas descentralizadas continuarão a ter o seu espaço, com muita restrição em alguns lugares ou como muita liberdade em outros, mas vieram para ficar.